foto de Burt Sun |
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Segue transcrição do texto de apresentação:
"Com essa exposição abrimos a IV Semana do Saveiro, com um
gostinho de nostalgia retrô dos anos 60, no meu pulso e no meu traço, do
nanquim a escultura, até as cerâmicas com as saudades do passado e do
presente.
Inspiração
A histeria desesperada dos salmões rio acima, implacável contra o curso d’água e tantos outros
obstáculos, com um objetivo, desovar. E sucumbem.
A história da Arca de Noé, de agrupar pares de várias espécies, para garantir a continuidade da
vida. Apostar no fim como instrumento de recomeço. Uma solução drástica, porém curiosa.
Um grupo de pessoas se mobiliza, com uma ideia, garantir que os saveiros de vela de içar jamais
desapareçam das nossas águas e, o mais importante, que permaneçam com o mesmo formato
e as mesmas funções.
Essas três histórias a serviço da preservação e/ou a fusão delas todas, é que me inspiraram a
fazer essa exposição.
Uma história, uma lenda, uma fantasia.
Lemes dos saveiros transformados em animais navegam no bucho de um saveiro em forma de
peixe, do rio Paraguaçu até um dos pontos mais altos da Baía de Todos os Santos, na praça da
igreja de São Francisco, desovando e sucumbindo a forma de escultura e gerando uma exposição,
mais uma vez repito, a serviço da preservação."
Bel Borba